Uma mulher de 36 anos foi espancada e morta com um pedaço de madeira na frente dos filhos de 4 e 7 anos, na residência da família, na rua Angelino Stella, bairro Jupiá, no início da tarde de quarta-feira (25/09). De acordo com testemunhas, os filhos da vítima foram vistos na rua pedindo socorro e afirmavam que o pai deles teria batido na mãe. Uma vizinha entrou na casa e encontrou Maria da Luz Amaral caída de costas na área externa da residência. A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas morreu enquanto recebia atendimento na Santa Casa. Ela teve traumatismo craniano e perda de massa encefálica, de acordo com a polícia. O suspeito das agressões, um vigilante de 57 anos, fugiu em uma motocicleta e até a tarde de ontem não havia sido localizado pela polícia. Foi o 50º caso de morte violenta registrada na cidade, segundo levantamento do JP.
Quando os policiais militares chegaram ao local, a vítima estava sendo socorrida pelo Samu. Eles permaneceram até a chegada dos funcionários do IC (Instituto de Criminalística). “Como a vítima já tinha sido levada, não temos condições de falar sobre as circunstâncias do crime. Percebemos alguns vestígios de sangue e alguns sinais de luta”, disse o perito Jefferson Willians De Gaspari. O pedaço de madeira que tem mais de 30 centímetros com manchas de sangue foi apreendido.
“Foi uma situação muito triste, vi os meninos na calçada e depois entrei na casa. Liguei para o Samu e uma médica me pediu para verificar se ela tinha sinais vitais. Não percebi resposta, Maria estava com os olhos abertos e com a boca esverdeada. Logo depois a filha mais velha, de 14 anos chegou. Disse que a mãe dela estava desacordada e que não deveria entrar na casa. Ela foi até o portão e pegou os irmãos mais jovens e foram até a casa de um parente”, comentou uma conhecida da vítima.
Outra vizinha disse que o suspeito tinha outra esposa, que foi embora para a Espanha. Pouco tempo depois, o vigilante foi para o interior de Minas Gerais e voltou com a embaladora. Ela já tinha uma filha do primeiro casamento e teve outros dois filhos com o suspeito.
Os familiares foram procurados, mas afirmaram que não se pronunciariam sobre o assunto. Alguns vizinhos disseram que já viram o casal brigando anteriormente. “Ela era muito batalhadora, trabalhava em uma empresa de cestas básicas para sustentar a casa. O marido não a ajudava com as despesas”, afirmou uma vizinha, que pediu para ter a identidade preservada.
O caso foi registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). A delegada Monalisa Fernandes não quis comentar o crime. O marido da vítima foi qualificado como indiciado. Ele já era investigado pela DDM em um outro inquérito policial sobre ameaça contra a embaladora.
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