A família conseguiu vaga em Santo André para tapeceiro que caiu de moto.
Hospitais locais não têm especialista para fazer reconstrução de acetábulo.
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Um morador de Piracicaba (SP) que sofreu um acidente de trânsito precisou esperar 13 dias para fazer uma cirurgia de alta complexidade que não é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade. A família do tapeceiro Alberes Mendes Oliveira do Nascimento, de 26 anos, disse que conseguiu vaga para o rapaz somente em um hospital público de Santo André (SP), para onde ele foi transferido na noite de quinta-feira (27) para ser submetido à reconstrução do acetábulo (estrutura óssea na região do quadril que se articula com o fêmur).
O tio do rapaz, o microempresário Antônio Carlos de Oliveira do Nascimento, de 38 anos, reclamou da falta de empenho da Secretaria da Saúde em conseguir a vaga. "Se a gente não corresse atrás, meu sobrinho não seria operado", afirmou. O tapeceiro sofreu um acidente de moto no último dia 14 na Avenida Brasília, na Vila Industrial. Na mesma data, às 22h30, o rapaz deu entrada na Central de Ortopedia e Traumatologia (COT), de onde foi encaminhado para o Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC) logo após receber os primeiros atendimentos.
Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde de Piracicaba confirmou que a cirurgia de reconstrução do acetábulo não é realizada pelos hospitais de referência locais, que não possuem profissionais habilitados para a realização do procedimento. A pasta relatou, no entanto, que a vaga estava sendo buscada na região e que seria custeada pelo SUS. O rapaz ficou internado no HFC apenas em observação.
Busca paralela
Diante do impasse, a família do tapeceiro iniciou uma procura paralela, pois temia que a demora para a cirurgia pudesse comprometer a locomoção ou deixar sequelas. "Tratava-se de um caso muito sério, por isso também começamos a fazer contatos", relatou o tio do rapaz. Em nota, a Saúde informou que estava "empenhada" em encaminhar o paciente "o mais breve possível" a um hospital com capacidade técnica para a cirurgia, mas a família conseguiu a transferência por meios próprios antes, de acordo com o parente.
Diante do impasse, a família do tapeceiro iniciou uma procura paralela, pois temia que a demora para a cirurgia pudesse comprometer a locomoção ou deixar sequelas. "Tratava-se de um caso muito sério, por isso também começamos a fazer contatos", relatou o tio do rapaz. Em nota, a Saúde informou que estava "empenhada" em encaminhar o paciente "o mais breve possível" a um hospital com capacidade técnica para a cirurgia, mas a família conseguiu a transferência por meios próprios antes, de acordo com o parente.

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