quinta-feira, 20 de junho de 2013

Câmara fecha e cancela sessão por temer manifestação em Piracicaba




Legislativo fechou as portas por volta das 14h por decisão da presidência.

Funcionários temem violência durante ato contra reajuste dos vereadores.

Do G1 Piracicaba e Região
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Câmara de Piracicaba fechou as portas nesta quinta-feira, às 14h (Foto: Leon Botão/G1)Câmara de Piracicaba fechou as portas às 14h desta quinta-feira por temer protestos (Foto: Leon Botão/G1)
A Câmara de Piracicaba (SP) fechou as portas por volta das 14h desta quinta-feira (20) e suspendeu a sessão marcada para começar às 19h30. A decisão foi tomada pela mesa diretora do Legislativo após uma assembleia dos funcionários, que temiam ser alvos de violência durante entrega de abaixo-assinado contra o aumento de 66% nos salários dos vereadores elaborado pelo Reaja Piracicaba. A entrega estava marcada para às 19h.
Segundo o diretor de Comunicação da Câmara de Piracicaba, Carlos Eduardo Gaiad, os servidores questionaram a mesa diretora se havia garantias de que não haveria problemas durante o protesto. "Como a Câmara não tem como dar essa garantia, o presidente João Manoel dos Santos (PTB) decidiu encerrar o expediente mais cedo", informou Gaiad.
Estacionamento da Câmara está vazio na tarde desta quinta-feira (Foto: Leon Botão/G1)Estacionamento da Câmara vazio na tarde
desta quinta-feira (Foto: Leon Botão/G1)
O diretor citou que o prédio do Legislativo de Piracicaba não tem portas de aço (a maioria é de vidro) e saídas de emergência. "Não há condições de garantir 100% de segurança aos funcionários e vereadores em caso de uma ação mais incisiva dos manifestantes", relatou Gaiad.
Reaja contesta
O abaixo-assinado contra o reajuste dos salários dos vereadores foi organizado pelo movimento Reaja Piracicaba e conseguiu reunir cerca de 20 mil adesões. "Fechar a Câmara é um desrespeito à população e ao movimento. Não havia essa necessidade. Somos um grupo pacífico. É triste ver a casa do povo fechada", disse Ricardo Schmidt, um dos integrantes e coordenadores do Reaja Piracicaba.
Os vencimentos dos vereadores saltaram de R$ 6.500 para R$ 10.900 por mês. A coleta de assinaturas começou em setembro de 2012, mas foi intensificada no primeiro trimestre de 2013. Foram realizados vários manifestos contra o reajuste, que também contou com oapoio de entidades como a Diocese de Piracicaba. Pela rede social Facebook, o vereador Paulo Camolesi (PV) disse na tarde desta quinta-feira ser contrário à suspensão da sessão da Câmara.
Só na segunda-feira
De acordo com o diretor de Comunicação do Legislativo, o movimento Reaja Piracicaba será convidado a protocolar o abaixo-assinado na Câmara na segunda-feira (24). Isso deve ocorrer entre os períodos da manhã e da tarde já que durante a sessão, à noite, o regimento interno não permite o protocolo de documentos. Um integrante do Reaja também deverá ocupar a tribuna popular para falar sobre a campanha que pede a revogação do reajuste de 66%.

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